Partindo das concepções de Soares e
Gomes (2005, p. 24) sobre alfabetização, como
“o ensino e o aprendizado de uma outra tecnologia para representação da linguagem humana, a escrita
alfabético-ortográfica” e da concepção de letramento,
como “o conjunto de conhecimentos, atitudes e capacidades envolvidos no
uso da língua em práticas sociais e necessários para uma participação ativa e
competente na cultura escrita” (p.47),
alfabetizar e trabalhar com
práticas de letramento significa construir competências
linguístico-comunicativas em estudantes
dos níveis de alfabetismo e letramento.
Nessa perspectiva, considera-se o
indivíduo letrado “aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a
leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de
escrita” (SOARES, 2014, p.40).
No entanto, Soares e Gomes (2005)
alertam que há alfabetizados não letrados e também que é possível haver
analfabetos com um certo nível de letramento. Os resultados das avaliações em
larga escala demonstram níveis insuficientes de alfabetização e
letramento, especificamente de uma
grande quantidade de estudantes que passam do Ciclo Complementar ao
Intermediário, do Ensino Fundamental,
sem a aquisição das noções básicas de leitura e escrita. Para esses
autores, para corresponder adequadamente às características e demandas da
sociedade atual, é necessário que as pessoas sejam alfabetizadas e
letradas.
Assim, os hibridismos
que marcam a confluência dessas diferentes modalidades reservam espaço para a utilização de estratégias
lúdicas, bem como de expressões artísticas que se mostram adequadas aos
processos de apropriação das linguagens
e autoria das mensagens, abrindo inúmeras possibilidades para sua produção e
circulação.
As mudanças sociais e
tecnológicas atuais, que têm ampliado
e diversificado as maneiras de produzir,
expressar, comunicar, interpretar as idéias,
disponibilizar e compartilhar informações e conhecimentos,
têm possibilitado o desenvolvimento de linguagens híbridas que apresentam, além
dos desafios da alfabetização e do letramento,
o desafio de desenvolver habilidades para os leitores e produtores de
textos, especificamente os agentes que
trabalham com a língua escrita, entre eles, a escola e os professores.
Nesta perspectiva,
após os nossos estudos, responda: Quais as características dos novos textos digitais envolvidos
nos multiletramentos e
como podem ser trabalhados na educação básica?
Para tanto realizem as atividades:
- Leitura do texto, Pedagogia dos Multiletramentos, de Roxane Rojo, disponível em catalogo.educacaonaculturadigital.mec.gov.br/...files/live/.../rojo_2012.doc
- Assistir o vídeo a entrevista com Roxane Rojo sobre a temática, disponível em https://www.youtube.com/watch?v=IRFrh3z5T5w
- Retomar a apresentação utilizada na aula expositiva dialogada " Pedagogia dos Multiletramentos", de Roxane Rojo, disponível em https://prezi.com/0twh7ufvr-l8/novos-multiletramentos-na-escol/
As principais características dos novos textos digitais envolvidos nos multiletramento são as variedades culturais neles existentes, como a mistura de raças, cores e culturas. Possui também textos compostos de novos gêneros de discursos, novas mídias, tecnologias e línguas. Os textos são compostos de muitas linguagens e bastante evidente nos textos de circulação social. Portanto sua principal característica é que os textos são interativos e colaborativo. Contudo os novos textos digitais podem ser trabalhados na Educação Básica como intuito de despertar o interesse do aluno e aproximá- lo com o conhecimento cotidiano com os textos digitais, usando socialmente a leitura e escrita no mundo. Além de tudo o professor deve saber utilizar, pois assim o trabalho será de forma inteligente, criativa e principalmente inovador.
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ResponderExcluirAZEVEDO, Ana Paula Bezerra Matos de. Stop Motion: Possibilidades e vantagens de uso no ensino de Língua Portuguesa. 2014. Montes Claros - Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros.
ResponderExcluirAs Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC's) podem ser definidas como um conjunto de recursos tecnológicos, utilizados de forma integrada, com um objetivo comum. Uma das áreas mais favorecidas com as TIC's é a educacional sendo que na educação presencial essas ferramentas são vistas como potencializadoras dos processos de ensino – aprendizagem.
O Stop Motion é uma das técnicas mais antigas do cinema, foi primeiramente praticada por Mélies, em 1902 no filme Viagem para a Lua. A técnica consiste em dar movimento a formas inanimadas, possibilitando a utilização de objetos e modelos, a partir dos mais diversos materiais.
O movimento nessa técnica é obtido por meio de mudanças no posicionamento dos modelos selecionados que são fotografados a cada mudança. Posteriormente, com auxílio de um computador e de um programa de edição, as imagens são projetadas sequencialmente em frações de segundos, o que cria a ilusão de movimento.
Com as mudanças no contexto social, vemos nas escolas hoje crianças nascidas na era digital, o que traz a necessidade de adaptar as situações educacionais para as demandas desse novo público. Utilizar a criação do Stop Motion como uma ferramenta didática no ensino da Língua Portuguesa é uma das maneiras de realizar a atualização das práticas educativas.
A utilização dessa TIC, aplicada ao ensino da Língua Portuguesa, possibilita a exploração de novas formas de refletir e agir sobre a disciplina uma vez que permite o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, criatividade, trabalho em equipe, letramento e inclusão digital.
Contudo, é importante destacar que o uso desta tecnologia implica na utilização de alguns recursos, como máquina fotográficas ou o computador e envolve planejamento, pois é realizado em muitas etapas.
Essa técnica pode ser usada de várias maneiras em sala de aula, como por exemplo, na realização de leitura e releitura de textos, músicas; na criação e recriação de narrativas, como as férias; em forma de crítica a problemas sociais da atualidade; no ensino de conceitos, atitudes, procedimentos e em trabalhos transdisciplinar com temas diversos, como, saúde, meio ambiente, orientação sexual, regras de trânsito, pluralidade cultural e valores humanos.
Sendo assim, a inserção dessa metodologia na escola tem muito a contribuir na aprendizagem de qualquer conteúdo, no entanto, seu uso envolve planejamento e organização para atingir os objetivos propostos.
REFERÊNCIAS
INFOESCOLA. Tecnologia da Comunicação e Informação. Disponível em: < http://www.infoescola.com/informatica/tecnologia-da-informacao-e-comunicacao/>. Acesso em: 15 de março de 2017.
KAMINSKI, Valéria Raquel. Animação no ensino fundamental: stop motion .In: Simpósio da Licenciatura em Artes Visuais da FAP, 3, ENREFAEB Sul, 2. Artigos. Curitiba: Universidade Estadual do Paraná. 2010
Equipe: Alessandra Fiuza, Amanda Ribeiro, Maryelle Pinheiro, Patrícia Oliva
7° Período de Pedagogia Noturno - 2017
SILVA, Vanely Cristiany Oliveira. CAVALCANTE, Vanuse Maria Pacheco. Artigo - Mashups como ferramenta de ensino-aprendizagem. Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes. 2014
ResponderExcluirO Mashup é um conceito que pode ser aplicado tanto na tecnologia (mundo da música, da internet), como a uma geração (geração Mashup), que corresponde a um grupo de sujeito que possui determinada postura diante da aquisição e difusão da informação. Essa postura diz respeito á recepção, criação, recriação e transformação da informação em rede, através da utilização dos vários recursos que web oferece.
Na informática se apresenta como um novo conceito da internet, tornando uma ferramenta de aprendizagem capaz de mobilizar o aprendiz, justamente pela possibilidade atrativa de reunir recursos distintos, mas que podem ser estabelecidas relações entre eles, a partir de uma análise dos significados que estão expressos nos conteúdos escolhidos.
O termo Mashup, em outras palavras, veio da música, a partir da mistura de melodias e sons em uma mixagem, produzindo, a partir dessa mistura, outro produto. No que diz respeito à informática, há o mesmo princípio de juntar, de misturar aplicativos que podem funcionar de forma simultânea. O que significa agregar em um só lugar recursos diferentes, oferecendo possibilidades a mais de serviço. É uma ferramenta de mídia social e que pode ser usada no campo da educação. Ele integra um conjunto de dados que permitem uma “mistura” uma composição de conteúdos.
No universo tecnológico o Mashup se aplica a diversas situações, inclusive ao ensino aprendizagem. O Mashup também pode se visto como um conceito representativo do uso de várias ferramentas que podem ser usadas para um propósito de aprendizagem. Por exemplo, considerando a proposta de um trabalho a ser dado ao aprendiz ou a um tema a ser apresentado para exploração, ele poderá, a partir dos vários recursos e ferramentas tecnológicas (sites de pesquisa, vídeos, fotos, música, facebook, twiter, entre outros) compor todo um trabalho, construindo significação possível de ser apreendida com mais facilidade.
Mashup é rico em significações, permitindo ao professor auxiliar na leitura desse trabalho, lançando mão dos conhecimentos prévios dos alunos a respeito de muitos assuntos possíveis a serem explorados, auxiliando-os nas inferências para construir a compreensão, conduzindo-os a uma analise crítica sobre o assunto. Uma produção capaz de permitir variadas explorações, as quais a participação dos aprendizes deve ser estimulada, sendo determinante para construir os sentidos. Como conceito apresentado de ferramenta de mídia social, que pode ser direcionada com o propósito educativo, é um instrumento potencialmente capaz de persuadir o aprendiz ao envolvimento e a participação.
O Mashup, portanto é um recurso tecnológico que vai ao encontro do que se preconiza em termo do ensino-aprendizagem que prima pela participação efetiva do aprendiz, levando-o a interagir, não só com o objeto de aprendizagem, mas também, com os colegas tendo o professor como medidor das reflexões possíveis, construindo, colaborativamente, significados para o que lhe é apresentado. É uma ferramenta de aprendizagem, portanto, que pode favorecer a condução do aprendiz a uma atitude reflexiva e ao mesmo tempo ativa na construção de sentidos, a partir das relações que podem ser estabelecidas.
Equipe: Emariângela; Rejane; Tânia; Sandra
Fan Video Clip
ResponderExcluirAcadêmica: Rhaissa Catleen Melo
Gisele Alves
7º Período de Pedagogia
As novidades tecnológicas oferecem um imenso e variado espaço de sugestões de estratégias, facilmente adaptáveis ao currículo escolar e podem se tornar grandes aliados dos professores. Entre os diversos tipos de tecnologias há o Fan vídeo clip que geralmente são produzidos por fãs e não estão de forma alguma relacionados com as empresas encarregadas dos animes usados pelos artistas, eles são encontrados, usualmente na internet e poderiam ser um recurso para trabalhar a inferência, pois os alunos apresentam enorme dificuldade em estabelecer inferência dos conhecimentos adquiridos em outras áreas aos textos que se leem nas aulas de língua portuguesa, apresentam dificuldade de migrar de uma para outra.
O fan clip traz imagens de fãs ao redor do mundo, ao explorar as imagens, se pode desenvolver habilidades de inferência sobre: origens, costumes, religiões e estilo de vida. Ao mesmo tempo, que desenvolve no aluno a habilidade de interação entre o texto e o contexto, entre os conhecimentos prévios adquiridos e suas relações com o mundo.
Desde a publicação dos PCN, a tecnologia avançou muito e o vídeo que era usado como um objeto de introdução de um tema, ou para o registro e documentação de projetos, passou a oferecer um leque maior para o desenvolvimento de competências de linguagem. O hipertexto é um exemplo disso, ao escolher um tema e se conectar a rede, a um simples toque somos capazes de processar em nossa tela uma enorme quantidade de textos materializados dentro de muitos gêneros, sobre o mesmo tema. O hipertexto é uma forma de leitura muito diferente. Ele não é um texto linear, é um texto que reúne a palavra com a imagem, com som, enfim, com vários recursos, mesclando os códigos, verbal, visual e auditivo, contemplando dentro de um mesmo texto intergenericidade e hiperleitura. Por isso se faz necessário desenvolver as habilidades de leitura, de compreensão, de interpretação desse tipo de texto, papel fundamental dessas tecnologias na sala de aula.
Como as tecnologias atualmente fazem parte do mundo interativo do ser humano é na vida cultural que ela se torna cada vez mais presente e se bem utilizadas elas podem se tornar uma estratégia inovadora do ensino em sala de aula. Ainda não há registros do uso do fan clip em sala de aula como forma de ensino, mas sem dúvidas seria uma excelente sugestão pra o trabalho interativo com alunos, explorando a inferência, pois ao inferir conhecimentos através de vídeos, imagens e sons, os alunos estão aprimorando suas habilidades de dialogar com o mundo, deduzir, levantar hipóteses e concluir conhecimentos.